Que rabiscam na folha a morada
estabelecida e firme no universo. 
Que sobre as linhas da juventude sem idade
esvai-se em palavras, apodrece-os.
Dedos que resenham as chagas de suas mãos 
que, como as de Jesus em sua humanidade sofredora,
foi julgado. 
A firmeza de um lápis expressando a covardia 
de uma ânsia rara, 
mutilação de sentimentos, e dedos. 
Em sua letra de fôrma, a forma mórbida 
do que um dia existiu como impressão digital. 
E foi destruído, um a um, cada rabisco 
daquilo que já não cabia em si.
Sem dedos, e esperança. 
Foi acumulando poemas e perdendo polegares,
destruindo possíveis possibilidades e  
se jogando em abismos mentais.
Chorou com a ponta do grafite enquanto desenhava 
um jardim em sua alma,
para não dizer que não falei das flores,
como Dalloway não pude, eu mesma comprá-las.   
Não restava-me uma única cutícula propícia 
a arrancar uma acácia que exalasse 
seu perfume sobre a podridão de minhas narinas. 
Perdeu tudo,
a alma e a mão, a prolixidade 
e a singleza das palavras, afinal, 
como não poderia? 
Já que a esta altura do poema já não restava-lhe mais 
nada, nenhum sentimento ou coração.
Que dirá algum d 

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