Seguro nas mãos cada gota de lágrima
que cai do céu.
O choro bendito dos anjos
lavando a humanidade nos homens.
E chove,
sempre que há a tentativa de quebrar a integridade do
ser.
Chove quando a enxurrada leva cada um de meus versos
e quando a tempestade quer nos quebrar.
Na chuva de sangue que intenta em minhas veias,
ainda chove.
Chove.
Mas ainda estou de pé,
chove cada vez mais forte
em cada vez que me forço a levantar do chão.
E quando estou bem aqui
assistindo a tudo desaparecer
a rajada do mais puro vento
trás à tona tudo
aquilo que eu costumava conhecer.
E ainda chove.
Chove quando não compreendem a sempre mesma
temática em minhas estrofes,
garoa dor para aqueles que adotaram a solidão como melhor
amigo
e, ainda chove...
Chove como a água lavando a escuridão das almas
como os relampejos de dúvidas e incertezas
dos inquietos.
Ainda chove,
apenas chove.
Chove.
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