sábado, 20 de julho de 2013

Redentora arte

Somente a arte, eclodindo a humana mágoa
abranda as rochas rígidas, torna água.
Como uma palavra de fé, que nunca falha.
Palavras escorrem pelo papel.

Derramo pequenos diamantes nos olhos
as maiores guerras de minha existência sentenciaram-me.
Enfrento o gigante Golias do tempo
vestindo a armadura de um guerreiro, Davi.

Força, garra e coragem
travando batalhas diárias, limite do corpo.
Finalidade de estame.
Buscando a libertação da  alma, estrangulada no cotidiano.

Energia intra-atômica liberta
redenção e libertação de um exilado.
Suicídio graduado por moléculas de húmus
acordo de candeeiros apagados.
Frio paralisante de movimentos
reduzindo-me.

Visitei os pomares de Deus
a esquecer a tristeza que açoita minhas veias de aço.
Possuindo a singeleza de minhas orações adaptadas
que se contrapõem à brutalidade da realidade.

Desejo que todos os céus sejam estrelas.
Que, crucificada em mim, sobre os braços de Deus
a arte me acolha em redenção.
E
as
palavras
escorram
do
papel.  




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